Grupo de Estudo na Catavento

Grupo de Estudo na Catavento

No último Grupo de Estudo com a Equipe Pedagógica da Catavento, professores e auxiliares participaram de uma Palestra com a Pediatra Ana Christina Escrivães sobre Influenza. A Dra. Ana Christina também trabalhará o tema nas salas, com as crianças da Educação Infantil e os alunos do Ensino Fundamental. Confiram alguns videos do Ministério da Saúde sobre o assunto:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspDetalheCampanha&co_seq_campanha=3724

Após a Palestra, continuamos a discussão e o aprofundamento dos projetos e eventos da escola em 2013 e realizamos a leitura e reflexão do texto que enviamos também para leitura atenta e reflexão das famílias:

 

QUANDO EU ESTIVER LOUCO, AFASTE-SE

    Há que se respeitar quem sofre de depressão, distimia, bipolaridade e demais transtornos psíquicos que afetam parte da população. Muito desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a fim de minimizar os efeitos desastrosos que respigam em suas relações profissionais e pessoais. Conseguem tornar, assim, mais tranquila a convivência.

Mas tem um grupo que está longe de ser doente: são os que simplesmente se autointitulam “difíceis” com o propósito de facilitar para o lado deles. São os temperamentais que não estão seriamente comprometidos por uma disfunção psíquica__ ao menos, não que se saiba, já que não possuem diagnóstico. São morrinhas, apenas. Seja por alguma insegurança trazida da infância, ou por narcisismo crônico, ou ainda por terem herdado um gênio desgraçado, se decretam ”difíceis” e quem estiver por perto que se adapte. Que vida mole, não?

Tem uma música bonita do Skank que começa dizendo: “Quando eu estiver triste, simplesmente me abrace/Quando eu estiver louco, subitamente se afaste/Quando eu estiver fogo/suavemente se encaixe…” A letra é poética, sem dúvida, mas é o melô  do folgado. Você é obrigada a reagir conforme o humor da criatura.

Antigamente, quando uma amiga, um namorado ou um parente declarava- se uma pessoa difícil, eu relevava. Ora, estava previamente explicada a razão de o infeliz entornar o caldo, promover discussões, criar briga do nada, encasquetar com besteira. Era alguém difícil, coitado. E teve a gentileza de avisar antes. Como não perdoar?

Já fui muito boazinha, lembro bem.

Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando “sou uma pessoa difícil”, desejo sorte e desapareço em três segundos. Já gastei minha cota de paciência com esses difíceis que utilizam seu temperamento infantil e autocentrado como álibi para passar por cima dos sentimentos dos outros feito um trator, sem ligar a mínima se estão magoando – e claro que esses “outros” são seus afetos mais íntimos, pois com amigos e conhecidos eles são uns doces,  a tal “dificuldade” que lhes caracteriza some com um passe de mágica. Onde foi parar o ogro que estava aqui?

Chega-se numa etapa de vida em que ser misericordioso cansa. Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo? Se não controla, é porque não está muito interessada em investir em suas relações. Já que ficam loucos a torto e a direito, só nos resta nos afastar, mesmo. E investir em pessoas alegres, educadas, divertidas e que não desperdiçam nosso tempo com draminhas repetitivos, dos quais já se conhece o final: sempre sobra para nós, os fáceis.

                                        Martha Medeiros

“Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo?”

Martha Medeiros

 

 

 

2013-06-19T02:49:33+00:00 19 de junho de 2013|Categories: Institucional|Tags: , , |